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Muitos médicos, inclusive especialistas do sono famosos, dizem besteiras como "oxibato proibido pela Anvisa", "A Anvisa não deixa entrar", "está liberado só para estudos", etc. Estas informações estão erradas.
O oxibato de sódio está aprovado pela Anvisa. Esta é a informação correta.
A Anvisa costuma se referir ao oxibato por outro nome: "GHB", que é um sinônimo de oxibato de sódio. O oxibato/GHB está aprovado pela Anvisa como parte da lista B1 (a famosa receita azul), mesma categoria de medicamentos calmantes como Rivotril, alprazolam, etc.
Uma fonte de confusão é que ao pesquisar por oxibato de sódio na Anvisa, a única coisa que se encontra é autorização para um processo de estudos. Se procurar por GHB, seu sinônimo, encontra-se bem mais coisa.
É possível consultar a lista de medicamentos aprovados pela Anvisa, da categoria B1, incluindo lá o oxibato/GHB, aqui: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/controlados/lista-substancias
Não sabemos ao certo o porquê, mas nos parece que grande parte dos médicos especialistas do sono acha que o oxibato está proibido no Brasil e por isso não os prescrevem. Como demonstrado acima, o oxibato está liberado. Por isso, não prescrevem para seus pacientes.
Se os médicos não prescrevem, a indústria não vai fabricar localmente pois mesmo sendo uma substância baratíssima de se produzir, não haverá clientes. Para haver clientes que irão comprar o produto e justificar a produção para a indústria, os médicos precisam começar a entender que o oxibato está liberado no Brasil e a prescrever para seus pacientes.
Torcemos para que mais médicos do sono comecem a prescrever o oxibato e a indústria farmacêutica acorde para a demanda e comece a fabricar aqui. Inclusive a patente do oxibato já está expirada e não há nenhum impedimento regulatório para fabricação local. O que há é apenas desinteresse comercial. Qualquer laboratório poderia fabricar e vender o oxibato aqui. Se você conhece algum contato de algum laboratório, converse com eles sobre essa possibilidade.
Se houvesse algum fabricante brasileiro do oxibato, vendendo em drogarias locais, bastaria chegar na drogaria com a receita azul e comprar o oxibato. Não seria necessário autorização prévia da Anvisa para comprar de um fabricante local, numa drogaria local.
Como não há fabricantes locais do oxibato, é necessário importar. A Anvisa exige um procedimento especial para importar qualquer substância da lista B1. Este procedimento não é exclusivo do oxibato. Se o Rivotril ou alprazolam parassem de serem vendidos aqui e você quisesse comprar importado, o procedimento seria o mesmo.
Na primeira vez que for importar, é necessário acessar o sistema da Anvisa e submeter os seguintes documentos
No caso de renovação de autorização já concedida, o usuário deverá consultar na Autorização de Importação o número do processo correspondente. Ao entrar no sistema da Anvisa, o usuário deve escolher a opção "Peticionamento > Intercorrente", indicar o número do processo e anexar os seguintes documentos, caso o prescritor seja o mesmo:
Todos os detalhes estão nesta página: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/assuntos/medicamentos/controlados/importacao
O preço gira em torno de R$ 7 mil por caixa. Para 1 mês de tratamento, são necessárias 2 ou 3 caixas, dependendo da dose que o paciente tomar. Os preços já incluem o frete, dando um custo médio de R$ 14 a 21 mil reais por mês de tratamento.
Entre em contato com uma importadora (a única que conhecemos que trabalha com o oxibato é a Acesso Medicamentos) e faça a compra. Para fazer a compra, a importadora irá pedir a autorização da Anvisa e a prescrição médica. Você irá pagar e a importadora entregará na sua casa o medicamento por volta de 2 a 3 semanas.
Acesse a página sobre como processar o SUS ou o plano de saúde para mais detalhes.
Aviso: este website não tem nenhuma associação com nenhuma fabricante ou empresa vendedora de medicamentos. Seu conteúdo é meramente informativo para auxiliar as pessoas com narcolepsia e seus médicos que estão perdidos em relação aos tratamentos disponíveis lá fora mas que aqui pouco se fala.